sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Construção da Praça de Bolso do Ciclista revela uma nova forma de pensar a urbanização

Foto: Adeline Bordin - Jorge Brand conhecido popularmente como Goura, na Praça de Bolso do Ciclista

A Praça de Bolso do Ciclista foi inaugurada em 22 de setembro deste ano e tem sido vista como modelo de ação colaborativa, já que teve a construção organizada por voluntários. A função social de imóveis e terrenos abandonados é contemplada no Plano Diretor da Cidade, que está sendo revisto, por meio de consultas públicas até o fim do ano. Atentos a esse item, a ONG Ciclo Iguaçu coordenada por Jorge Brand conhecido como Goura,  viu a oportunidade de colocar em prática seus ideais de urbanização mais humana ao saber que o terreno baldio de 128m², na esquina das ruas São Francisco e Presidente Farias pertencia à Prefeitura de Curitiba.

A tentativa agora é tornar a São Francisco uma via com passagem proibida para veículos, no trecho entre as ruas Presidente Farias e Riachuelo. De acordo com Goura, isso ajudaria a praça a se estabelecer como ponto de cultura e de lazer. Porém, o advogado Fabrício Mattos, morador da região, é contra este fechamento. Mattos vê a rua como um dos principais pontos de acesso para os bares e a Feira do Largo. Para ele, fechar a via é retroceder as conquistas trazidas pela revitalização. “Para uma rua ser transformada em calçadão, a primeira análise a ser feita é quanto ao fluxo de transeuntes, e na São Francisco isso não ocorre. Durante a semana praticamente não há uma ocupação”, afirma Mattos.

Novas formas de ocupação

Para os ativistas da ONG, restabelecer a relação das pessoas com o local onde vivem é o que se busca nesse novo modelo de ação. “As ruas possuem vida que só pode ser experimentada através dos nossos sentidos quando estamos de fato ocupando esse espaço. É na rua que somos verdadeiramente educados a respeitar as diferenças e a conviver de maneira harmônica”, declara Goura.

Entenda a Plano Diretor


Este ano, um dos principais meios de consulta da Prefeitura à comunidade esta passando por revisão: é o Plano Diretor da Cidade. Nele são definidas as funções sociais da cidade e da propriedade urbana e um de seus objetivos é organizar o crescimento e o funcionamento do município. Através do Plano Diretor, deve ser apresentada uma visão de futuro para a próxima década, de forma a orientar o desenvolvimento do município.
O Plano Diretor estabelece um acordo sociopolítico em direção a uma cidade mais humana, participativa, inovadora, inclusiva, funcional, sustentável e que ofereça qualidade de vida para a população. Pela legislação federal (Estatuto das Cidades / Lei 10.257 de 10 de julho de 2001), a revisão do Plano Diretor deve ocorrer a cada 10 anos. A última revisão do Plano Diretor de Curitiba ocorreu em 2004.


Por Adeline Bordin
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