segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Diversidade é ponto marcante nos bares do Largo da Ordem

Foto: Isabela Dota

Em volta das mesas, aquelas velhas discussões sobre tudo e nada, como definiu Mário Quintana naquele poema sobre beber até o crânio rachar e o teto ruir. No ar ecoa algum pop brega dos anos oitenta. Bebida tem aos montes. Comida também. Tradicional reduto da boemia tardia, os bares do Largo da Ordem estão entre os mais agitados de Curitiba, segundo a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel).
Situados em uma antiga rua de pedras, o núcleo é formado por inúmeros bares. Uns mais charmosos e outros com cara de boteco de bairro. Aos finais de semana, isso é o que menos importa: todos acomodam uma nuvem de fumo, de música alta e de gente ruidosa. Não são bares de classes, nem de gênero, nem de cotas ou castas. Ponto de encontro das mais variadas tribos, o espaço é cosmopolita e a diversidade é pulsante. Quem frequenta a região garante: as noitadas percorrem diferentes gostos e estilos. “Jovens comportados ou bagunceiros, mocinhas procurando um par, motoqueiros com pinta de rebelde e turistas simpáticos. Tem de tudo”, conta Daniel Henrique, de 32 anos, que já trabalhou como garçom em dois bares locais.
Os ambientes seguem a mesma linha. Alguns optam por uma decoração rústica, outros dão um tom mais futurista ao cenário. A excentricidade fica por conta dos cardápios, que comportam das tradicionais porções às comidas exóticas, como carne de avestruz e jacaré. Os drinques também causam curiosidade. Um dos mais conhecidos é o submarino, bebida que é servida com um souvenir: uma pequena caneca que carrega a frase “esta caneca foi honestamente roubada”. Reza a lenda que, se não conseguir mais ler a inscrição, está na hora de parar de beber e ir para casa.
Depois de pedir a saideira, ir embora não é problema – nem mesmo se extrapolar com a bebida. Como não há um espaço destinado a estacionamento para quem vai aos bares, o ponto de táxi e a parada de ônibus, que ficam a menos de 200 metros do núcleo, podem vir a calhar.


Por Isabela Dota
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