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| Foto: Andreza Santos |
O Centro Histórico é frequentado por diversos grupos de pessoas, como punks, roqueiros, pagodeiros e turistas de todas as nacionalidades. São eles que movimentam o comércio no local.
Os turistas têm preferência pela região por causa do valor histórico do lugar, da feirinha tradicional de domingo e do Bar do Alemão. Já os outros grupos frequentam o local por afinidade. Existem aqueles que não gostam de visitar a região, mas diferente do que muitos pensam o principal motivo não é a violência ou a falta de segurança. O local é monitorado por câmeras e conta com a presença de policiais e guardas municipais.
O filosofo Jorge Conceição explica a atração pelo Centro Histórico por determinados grupos urbanos e não por outros pelo conceito de solidariedade cooperativa, do sociólogo polonês Zygmunt Bauman. A ideia consiste em um traço cultural que une um grupo de pessoas que compartilha os mesmos costumes. “A exemplo temos os grupos dos roqueiros que utilizam um tipo de vestimenta e vocabulário comum, frequentam os mesmos bares e lugares e escutam o mesmo estilo de música”, diz Conceição.
Fernanda Steiniav, 24 anos, frequenta o Largo da Ordem aos finais de semana porque a diversidade de pessoas e estilos a atraem. “Eu não costumo me rotular, gosto de vários estilos e convivo com pessoas que vão desde o metal, punk, até rap e reggae. No Largo a gente encontra todas essas tribos vivendo em harmonia”, conta Fernanda.
Ainda sobre o conceito de solidariedade cooperativa, “existem pessoas que se associam aos grupos sem necessariamente se identificarem de forma integral aos costumes dos mesmos”, completa Conceição. No Centro Histórico todas as culturas e tribos se misturam nas calçadas em frente aos bares.
Por Camila Babeto
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