segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Tá no sangue

Centro porque era, e ainda é o núcleo da cidade, histórico porque é ali que nos deparamos com toda a nossa história.

Foto: www.curitibaantiga.com.br



Uma cidade começa assim: pessoas vão chegando, ocupando o lugar mais propício para se viver e ao passar do tempo esse núcleo inicial se torna o lugar favorito da população. Com o nosso Coração da Cidade não foi diferente. Os primeiros que aqui pisaram escolheram o alto do São Francisco para construir as primeiras casas, comércios e igrejas. Os que aqui não moravam, aproveitavam as festas para frequentar o local, hoje conhecido como Centro Histórico. 

Cada pedra no chão formando o paralelepípedo, cada porta rústica, cada telha e cada janela fazem a história de uma sociedade, com seus costumes e tradições. Um ponto turístico que atrai olhares, nem sempre iguais. Se por um lado seus frequentadores assíduos amam cada pedacinho seu, por outro há aquelas pessoas que não gostam muito de andar por lá, e essa guerra de opiniões possui várias razões. 

Como não apreciar um lugar onde se respira cultura? Onde há uma vida noturna inigualável? Onde podemos passear ao som de grandes artistas de rua? Onde encontramos uma mistura de religiões? Ali tem de tudo um pouco e um pouco de tudo. A grande questão aqui é que durante anos e mais anos o nosso “centrinho” foi deixado de lado. Ou então transformado. Muito do que existia antes não restou. E o pouco que temos hoje é o que precisamos cuidar. Talvez por culpa da prefeitura, indiferente ou da população calada. 

O centro foi tomado por uma onda de marginalidade, que ainda não passou. Lugar onde se ganha a vida fácil, onde se compra drogas, onde se pode dormir em um casarão abandonado. Ninguém vê, ou finge não ver, ninguém fala nada. E vai falar o quê? Temos que entender que a marginalidade tem sim como diminuir, mas ela não vai sumir. 

A “dica” do historiador Marcelo Sutil é simples: utilizar o espaço. Quanto mais pessoas frequentarem o Centro Histórico, mais vida terá no lugar e terá menos espaço para a marginalidade. O sangue que hoje corre pelas calçadas pode um dia secar e assim o Centro Histórico pode voltar a ser o lugar preferido de todos os moradores de Curitiba. 

Por Marseille Marés Nachreiner

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