quarta-feira, 26 de novembro de 2014

O primeiro Maracatu

Foto: Andreza Rossini - Participantes do grupo Maracatu Aroeira fazendo o tradicional arrastão na rua XV de novembro


Era um dia frio e chuvoso, mas a curiosidade pulsou ao ouvir o som do bumbo e dos pés batendo ao chão para dar sentido a uma dança. Eu não deveria parar ali, meu caminho era outro e minha obrigação daquele dia era seguir para um call center, ligar, vender, trabalhar. Andei uma quadra, mas voltei à frente do relógio das flores, no Largo da Ordem, região do Centro Histórico de Curitiba para ouvir aquele grupo.

Eles estavam em aproximadamente 15 pessoas. Eram moças e rapazes. Jovens com um sorriso no rosto. Aqueles primeiros passos eram só um ensaio, para algo que parecia ser um show. Foi repassado cada movimento e cada som. As pausas que deveriam ser tomadas já estavam com os minutos programados e como que em uma explosão de alegria, todos se puseram à andar. 

As longas saias brancas rodando, esvoaçadas pelo vento do início da noite da Capital e acompanhadas da dança das meninas do Maracatu são fascinantes. As pernas dos rapazes, muito ágeis, também vestidas da paz, acompanhavam as garotas e formavam uma dança maravilhosa. 

Cada batida do bumbo e cada balançar do chocalho criava um novo ritmo, algo desconhecido, que soava muito bem aos meus os ouvidos. Quando me dei conta, já estava seguindo aquele grupo, pelas ruas do Centro Histórico, com mais uma dezena de pessoas, que se reúnem sempre, na última sexta-feira do mês, para seguir aquele som, aquelas pessoas, aquela dança e aquela paz – o Maracatu, Cultura de Recife que nasce no colo dos Curitibanos.

Por Andreza Rossini

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